3 dias. Inteiros. Continuamente. Bombardeados por música. Uma avalanche de informações culturais no meio da calma branca. Será que isso é mesmo ducaralhu?
Sim, é uma visão romântica da música. Mais até que da medicina pitagórica, que atribuía à música um poder terapêutico por excelência. Porém, por mais poético que tenha ficado esse short film, sinto uma prepotência bem parecida com Whooper Virgins, do Burger King:
Numa das cenas de Soundscape, um garoto aparece com um celular. É uma quebra na monotonia da solidão ártica, mas também um elemento estranho, que indica contaminação.
Até que ponto a publicidade pode invadir a vida de pessoas que estão involuntária ou paradoxalmente tão longe, mas tão perto do "mundo ocidental"? Será que um simples par de speakers vai mesmo ser o elemento civilizatório que vai inserir essas pessoas involuntariamente isoladas nas maravilhas do capitalismo? Isso é progresso ou perversão? Será que elas realmente precisam desses produtos culturais e tecnológicos para viverem melhor?
É justamente isso, elas não precisam. E toda essa estética lírica para parecer genial me enjoa.
ResponderExcluirPra falar a verdade ando bem enjoado com a estética, mas isso é outra história.
ah, belo ensaio sobre o medo!
eu acho que ouvi um riff de mr pimpa ali.
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