21.3.09

Smarties: a ascenção das drogas DIY?

O mais legal em comportamentos adolescentes é a capacidade que eles têm de reinventar a realidade. Em alguns casos, especialmente, de buscar não uma nova realidade, mas o efeito, o simulacro de realidade. Algo que, depois de um tempo, deixa de ter importância, pois algo novo sempre será buscado e encontrado. 

A nova preocupação das associações de pais e mestres nos EUA são o ato de Smokin' Smarties. Essa nova mania acontece há pelo menos um ano. Crianças e adolescentes pegam uma espécie de bala chamada Smarties, cuja composição faz com que os drops soltem uma espécie de poeira fina, e amassam, até ficar bem pózinho. Daí elas ou colocam em um papel e enrolam para parecer cigarro, ou "fumam" na própria embalagem. O pó é aspirado, fica na boca e então, quando solto, fica idêntico a fumaça de cigarro. Alguns teens vão mais além, e soltam pelas narinas.

Médicos, pedagogos, padres e pais-de-santo já se pronunciam a respeito: é um incentivo ao consumo de cigarro ou, quem sabe, maconha. Tem também a questão dos fungos que essa bala pode criar em mucosas, como as do nariz, além de complicações médicas diversas.

A questão é que, como mostram diversos vídeos no YouTube, fumar smarties já é algo que cool kids fazem. E, na boa, quem percebeu isso, foi bem criativo.

Será que, depois do i-Doser, esse hábito de emular o uso de drogas não vai se tornar mainstream? Talvez, pois Smokin' Smarties está ganhando atenção na mídia. E todos sabemos que quando algo ainda está embrionário, e ganha atenção midiática nacional com o carimbo de NÃO PODE, isso vai atiçar ainda mais a vontade de usar por quem não conhecia. Se isso se alastrar, a culpa será de quem?

Eu acho que podemos chamar isso de DIY (do-it yourself) drugs. Soa mais democrático, menos pedante e infinitamente menos perigoso que designer drugs.




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