30.6.10

A era da informação é chata!

Adianto: esse post não está destinado a discutir a qualidade, validade, significado e teorias sobre o fim de Lost.

A série teve seu mérito na recente história televisiva, introduzindo elementos incríveis de narrativa, além de ter derivado conteúdo para diferentes mídias, por mais que a crise dos últimos anos tenha diminuído o investimento para contar uma boa parte da história fora do formato tradicional.

O ponto é que, desde o início, Lost foi cercado de mistérios e significados que eram estudados pelos fãs de maneira minuciosa e poucas horas depois do episódio ser exibido estavam disponíveis na internet todas as referências, origens, explicações e teorias do que havia se passado na ilha e fora dela. Isso foi parte do ritual de assistir Lost.

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Todo esse volume de informação acessível a todos os espectadores da série fez com que cada um elaborasse sua própria história e aumentasse as expectativas em relação a seu desfecho. Ou seja, a série recheada de mitologia e simbolismos passou a ser encarada da forma mais racional possível, destinada a responder com ceticismo seus maiores mistérios.

Por isso o final da série foi tão criticado! A resposta espiritual não era tão crível quanto as explicações esperadas.

Compare com Arquivo X, série que estreou há quase 20 anos. Havia tantos mistérios, referências e simbologias quanto Lost mas, naquela época, ter acesso a informações para criar teorias e gerar explicações sobre o conteúdo da série era missão de fãs árduos, devoradores de livros, estudiosos e fanáticos por ufologia e teorias da conspiração.

E, mesmo tendo uma história tão fantasiosa quanto Lost, Arquivo X era respeitado por alimentar o imaginário das pessoas. Nunca se esperou uma explicação racional para os acontecimentos sobrenaturais investigados pelos agentes Mulder e Scully.

Encarava-se as coisas com mais mágica, imaginação e menos chatice!

Um comentário:

  1. Sentir mais. Pensar menos. Porra, Savone, que texto FODA! Assino onde for preciso para concordar.

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